quinta-feira, 14 de abril de 2011

Chega de cortes na Educação! 10% do PIB JÁ!

Neste início de ano, a volta às aulas renova as expectativas de todos nós estudantes. Nas escolas e universidades, vamos retomando os estudos, revendo os amigos e traçando novos projetos. Em particular os calouros das universidades, mesmo os que tiveram dificuldades com todas as confusões envolvendo o novo ENEM, se entusiasmam com a experiência de ingressar no ensino superior.

Graças a muita luta, as universidades públicas brasileiras ainda mantém significativa qualidade no ensino. Ainda assim, também é verdade que nem tudo é fácil. Problemas como falta de professores, estruturas físicas precárias, laboratórios insuficientes ou salas lotadas são comuns em muitos cursos. Sem falar da ausência de políticas massivas de permanência estudantil, como bolsas de estudo, bandejões para todos e alojamentos. Na medida em que o REUNI impõe que as universidades tenham verbas insuficientes para realizarem sua expansão, esses problemas vão aumentando.

Para que as universidades possam se expandir com qualidade e avancemos em soluções para os problemas relativos ao nosso ensino, deveríamos contar com um abundante investimento de verbas públicas para a educação pública. Mas, infelizmente, uma das primeiras medidas tomadas pelo governo Dilma foi a retirada de 50 bilhões do Orçamento Geral da União, o que para a educação significa 1,3 bilhão de reais a menos no orçamento das universidades e escolas.

No Brasil, vivemos ainda um período de estabilidade econômica, onde os efeitos mais fortes da crise econômica mundial não se fazem sentir com força em nosso país. Mas se a economia está crescendo (7,5 % em 2010) e se o governo propagandeia tanto “como o Brasil vai bem”, porque Dilma inaugura seu mandato anunciando cortes de verbas? Questionamos também a suspensão de concursos públicos e a desvinculação dos Hospitais Universitários das universidades.

Por tudo isso, a ANEL quer, em 2011, organizar em cada universidade e escola os estudantes brasileiros para lutar por melhores condições de ensino. Para garantir uma educação pública e de qualidade, precisamos exigir da Dilma que revogue os cortes no orçamento e garanta 10% do PIB para a educação já!

O novo pede passagem. Mais um ano se inicia e traz com ele o prenuncio de um tempo de grandes transformações. Do exemplo de luta que vem do Egito e de todo o mundo árabe, reforçamos nossa confiança na força da juventude mobilizada.

3 comentários:

  1. Parabéns para a professora Amanda!
    Obrigado por nos representar tão bem
    Itabuna - BA na luta com os professores do Brasil

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  2. A Dilma foi a pior coisa que poderia ter acontecido ao Brasil apos um exelente governo lula.eu votei nela mas ja perdi as esperancas dela melhorar as coisas , pelo contrario ,so veio para piorar o que ja estava pessimo. que decepcao logo agora que estava comecando por minha fe na politica. Desculpe aos leitores p,por estar anonimo pois do jeito q ta e capaz de sobrar pra mim.

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  3. Professora Amanda,
    você foi perfeita em suas colocações.
    Parabéns.
    Sinto-me orgulhosa por pertencer a mesma categoria que você.
    Aqui em SC, nosso governador se recusa a pagar o piso nacional, além de todos os outros problemas mensionados em sua fala. Não é fácil ser professor neste país. Mas eu não vou desistir de lutar e acreditar que poderá ser diferente um dia.

    Garopaba- SC

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