sexta-feira, 15 de abril de 2011

Falta de segurança ronda cotidiano dos estudantes

Ao anoitecer, os campi do Pici e do Itaperi, respectivamente da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Cerrá (Uece), viram terra de ninguém. A frase é repetida por alunos e funcionários que frequentam os espaços à noite, forçados pelos horários de algumas aulas e cursos. No entanto, a escuridão não tem mais a exclusividade em atos de violência. Segundo os estudantes, as sedes se tornaram perigosas em todos os horários.

A Educação Física, da Uece, tem suas aulas em um dos últimos blocos. Não há vigilantes para atender a todos os espaços. “Alguns blocos são isolados. Falta iluminação. O muro é baixo e facilita a entrada de pessoas a qualquer momento”, reclama Igor Freitas, 19, aluno do 3º semestre do curso. Os estudantes reconhecem que algumas melhorias já foram realizadas, como a presença de zeladores em cada um dos banheiros. As ações, entretanto, não foram suficientes.

No campus do Itaperi, segundo os alunos, não são raros furtos a aparelhos de sons de carro e notebooks. “E qualquer pessoa entra aqui no campus, sem nenhuma identificação. Acredito que precisaria de um controle maior”, aponta o estudante Joel de Almeida, 19, da Educação Física.Em sete dias, três episódios chamaram a atenção por conta da violência nos campi universitários. Quinta-feira, 7, um aluno de um dos cursos de Tecnologia sofreu sequestro relâmpago de dentro do Pici. No dia seguinte, um estudante de Engenharia Civil e policial militar foi detido após ameaçar, com uma arma, estudantes, também no Pici. Nesta semana, um aluno de Medicina, no Porangabussu, passou por sequestro relâmpago.

Inserção da comunidade

O fato das universidades serem abertas à entrada para qualquer pessoa sem identificação também é motivo de crítica por alguns estudantes. Eles apontam que colher alguns dados das pessoas que frequentam as faculdades serviria para evitar atos de violência.

Fellype Magalhães, 20, da Agronomia na UFC, acredita que as ações tomadas até agora pela universidade são poucas para o tamanho do problema. “Colocar mais segurança, mais homens fazendo a proteção seria uma das soluções, mas não a única. Acredito que a UFC deve fazer uma conscientização com as comunidades ao redor, para que elas sintam que podem usar o espaço”, pontua o estudante.

“Eu conheço pelo menos três pessoas que já foram assaltadas aqui no campus do Pici”, calcula Lucas Pearce, da Engenharia Civil. Pequenos furtos já viraram comuns. “Porque seguro mesmo, não é não”, destaca.


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2 comentários:

  1. Sei que é necessário concientizar a população das comunidades quanto ao dever da universidade e que ele podem frequentar livremente e participar, no entanto não é a comunidade que assalta nos campos e sim marginais que se fazem muitas vezes se passar por estudantes, deve é controlar quem entra e quem sai dos campos e não limitar ou proibir.

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  2. Caso queira conhecer os meus estudos com provas de matemática das públicas, inclui UFC, da qual sou ex-aluno, no qual provo como universidade pública tem historicamente alijado ingresso da rede pública (faltar alojamento é só o mais tolo dos métodos), peça; Prof. João Batista do Nascimento, UFPA, jbn@ufpa.br ou joaobatistanascimento@yahoo.com.br

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