segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A luta pelos 10% do PIB para a Educação Pública continua

Plebiscito realizado na FA7
Participe da contagem dos votos nesta quarta-feira, na sede do Andes.

Nos últimos dias 6 de novembro a 6 de dezembro, a Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre, juntamente com a CSP Conlutas e demais setores da esquerda estiveram juntos em uma grande luta em defesa da da Educação Pública.


Durante esses dias, aconteceu na cidade de Fortaleza, em diversas escolas e sindicatos o Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

As votações encerraram, mas a luta continua e está apenas começando. Chamamos todos que construiram lado a lado esta campanha e também os que se interessaram por ela, para estar no dia 15 de dezembro, quarta-feira na sede do ANDES-SN, localizado na Rua Costa Sousa, 54 - Benfica, para dá início à apuração dos votos que serão mandados para o Comitê Nacional da Campanha.

Além disso, é importante discutirmos e estarmos por dentro dos novos rumos que a Campanha terá, para assim, melhor nos organizarmos em uma nova fase da Campanha e em defesa da Educação Pública.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sobre a greve dos professores da rede estadual pública no Ceará.

Nota que explica bem o porquê da greve e da luta dos professores -texto assinado pela CSP-Conlutas pela base na educação, que tem atuado de forma aguerrida na luta dos professores da rede estadual no Ceará:

No vídeo, a representante da CSP-Conlutas, Nivânia Amâncio, fala em assembleia dos professores do estado do Ceará, no último dia 12. Defende a greve, os 10% do PIB para a educação já e convoca a Jornada Nacional de Lutas.

Representante da CSP Conlutas/CE fala sobre luta dos professores em todo o país

A ANEL declara total apoio à greve dos professores, que representa uma luta justa por uma educação pública de qualidade, por melhores condições de trabalho e por direitos que já deveriam estar sendo garantidos, a partir da lei do piso!

Estudo aponta que serão necessários R$ 108 bilhões a mais para cumprir PNE


Estudo elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação aponta que seriam necessários R$ 108 bilhões a mais do que o previsto pelo Ministério da Educação (MEC) para que sejam cumpridas as metas de melhoria da qualidade do ensino no país, previstas no Plano Nacional de Educação (PNE). Enquanto o projeto de lei elaborado pelo governo federal prevê um aumento do investimento na área dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 7% até 2020, os cálculos da entidade indicam que seria necessário estabelecer a meta de 10%.

O PNE está sendo discutido na Câmara e estabelece 20 metas educacionais que deverão ser alcançadas pelo país na próxima década. Entre elas a erradicação do analfabetismo, a inclusão de 50% das crianças de até 3 anos em creches e de 33% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. O projeto recebeu quase 3 mil emendas.

Segundo os cálculos da campanha, que reúne diversas entidades e movimentos da área, são necessários R$ 169 bilhões para atingir os padrões de qualidade determinados no PNE, contra os R$ 61 bilhões estimados pelo MEC. Os valores foram calculados a partir das ampliações de matrículas que são previstas no plano e o custo por aluno de cada etapa.

A diferença nos números existe porque a campanha utiliza valores superiores aos adotados pelo ministério para contabilizar o investimento por aluno. O parâmetro adotado pela campanha é o custo aluno qualidade inicial (CAQi). A ideia desse mecanismo é estabelecer um valor mínimo de investimento por aluno em cada etapa, levando em conta vários insumos, como a infraestrutura da escola, livro didático, capacitação de professores e outros fatores que determinam a qualidade do ensino. Enquanto para o MEC, segundo as planilhas do PNE, um aluno da creche tem custo estimado de R$ 2.252 anuais, no CAQi o investimento estimado é R$ 6.450.

“Os valores de custo aluno utilizados pelo MEC, especialmente para a educação básica, não correspondem à realidade vivenciada pelas redes públicas. Mesmo que os valores fossem compatíveis, seria equivocado projetar para os próximos dez anos gastos de custo/aluno que não conseguiram resolver o problema de qualidade da educação brasileira”, diz o estudo.

Daniel Cara, coordenador da campanha, destaca ainda que, em algumas metas, as planilhas divulgadas pelo ministério não indicam qual seria o investimento necessário. “Ou deixa de calcular ou parte de uma demanda de novas matrículas inferior à necessária”, diz. A entidade se reúne hoje com deputados da Comissão de Educação e da comissão especial que avalia o plano para pedir que a meta de financiamento indicada pelo MEC no projeto de lei do PNE seja revista. Segundo ele, a entidade prepara um novo estudo para indicar novas fontes de recursos para a educação.

“Queremos indicar quais são as alterações legais necessárias e fundos que precisam ser revigorados para alcançar os investimentos necessários. Mas, sem dúvida, uma maior participação da União nesse custeio é imprescindível porque hoje ela fica com o maior volume tributário, mas são os estados e municípios que custeiam a maior parte da educação básica”, critica.

O Ministério da Educação disse que recebe as críticas com “espírito republicano” e garante que vai acompanhar atentamente o debate que deve se estabelecer no Congresso Nacional.

Notícia retirada de: http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=4818

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A ANEL está junto de diversos setores construindo a Campanha por 10% do PIB pra educação já, a favor de conseguirmos mais investimentos para a sofrida educação pública! Por isso, somos também contra o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que mantém a transferência de dinheiro público para o setor privado e sintetiza em 20 metas a política educacional do governo Lula. 
Como a matéria mostra, nem mesmo para a proposta do governo Dilma de PNE os 7% do PIB são suficientes!
E vamos à luta, por 10% do PIB pra educação já e contra o PNE do governo!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Se não é para o povo, para quem é o esporte?

por Danielle Sampaio e Suellen Arruda*

Enquanto isso no país do futebol, do samba, e da “cidade maravilhosa”, alguém sabe qual vai ser o mascote que representará a Copa de 2014 sediada no Brasil?? Será o Saci-Pererê ou o Pelézinho? Acho que vai ser a Ararajuba! Lógico, nada mais genuinamente brasileiro que uma arara verde e amarelo para representar o Brasil! Era para estarmos comemorando!

Afinal, a copa é nossa! Porém, essa não é e não será a realidade de boa parte das famílias pobres do nosso país. Muitos começam a perceber que estes mega-eventos não estão a serviço do povo.

Hoje a FIFA (Federação Internacional de Futebol) fatura 4,6 milhões de dólares só com o evento mundial! E por falar em mundial, no dia 31 de julho aconteceu o sorteio das eliminatórias da Copa de 2014, que foi transmitido pela emissora rede Globo. O evento custou R$30 milhões, pagos pela empresa de turismo da prefeitura do Rio de Janeiro e pela secretária de esporte e lazer do estado. Esse dinheiro foi destinado ao Comitê Organizador da Copa, presidido pelo cartola-mor Ricardo Teixeira, pela Geo Eventos e o grupo empresarial organizações Globo. Nesse sentido, o Governador Sérgio Cabral e o Prefeito Eduardo Paes gastam R$ 30 milhões do povo com o evento não para gerar bem–estar para os trabalhadores e jovens da comunidade, mas com objetivo de lucrar com a especulação imobiliária milionária.

Mais uma vez se vê o dinheiro da população saindo dos cofres públicos ilegalmente para os bolsos das Organizações Globo e cartolas do futebol como Ricardo Teixeira. Esses setores estão ganhando rios de dinheiro às custas dos trabalhadores e da remoção de famílias pobres de suas casas.

Enquanto isso, na Terra da Luz.... O governador Cid Gomes foi pessoalmente à comunidade Aldacir Barbosa, que fica na área nobre de Fortaleza, na tentativa de fazer acordo com as famílias pra que se retirem das suas casas. Hoje moram cerca de mil famílias no local. Mas ele não foi sozinho, tratou de levar todos os seus aliados: o deputado Ivo Gomes; o procurador geral do Estado Fernando Oliveira; o presidente do Trem Metropolitano de Fortaleza (Metrofor), Rômulo Fortes; o secretario da Infraestrutura do Ceará, Adail Fontenelle; e o superintendente de Meio Ambiente, José Ricardo Araújo.

Mas o que o governador e essas autoridades foram fazer na comunidade na última terça-feira às 8h da noite, com 30 seguranças armados??

Segundo moradores da comunidade, o governador entrou em cinco casas, defendeu seu projeto e ainda ameaçou: ou aceitavam as indenizações de 10 mil reais, em média, ou seriam realocados em algum conjunto habitacional. Ou seja, a proposta é fazer uma higienização do bairro, tirar a parte pobre para longe dos olhos por onde vão passar os futuros turistas.

Houve até agressão física, e duas mulheres relatam ter sido agredidas por seguranças do governador -uma torceu o braço e a outra foi empurrada, caiu e machucou o cotovelo. Um absurdo!

Hoje temos 22 comunidades que estão ameaçadas de remoção devido às obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O que essas famílias vão fazer com apenas 10 mil reais, valor esse que é insuficiente para comprar outro imóvel na capital?

Enquanto isso, a obra para a Copa de 2014 está orçada em 265 milhões de reais, dos quais 90,2 devem ser destinados a indenizações...

Desse modo, o esporte, que era pra ser um momento de lazer da classe trabalhadora e da juventude, hoje nos mostra que quem paga a conta dos mega-esportivos somos nós:  trabalhadores, estudantes e professores que sentem as conseqüências dos cortes de verbas que deveriam ir para educação, saúde, transporte e moradia.

É diante dessa realidade que nós, da Assembleia Nacional de Estudantes - Livre! reivindicamos:
  •     Não às remoções das comunidades para especulação imobiliária da Copa.
  •     Contra a roubalheira nas obras da Copa!
  •     Cabral e Dilma, chega de dar dinheiro público para as empreiteiras!
  •     Não a flexibilização das licitações das obras pela MP-527. Transparência já!
  •     Condições dignas de trabalho para os operários das obras dos mega-eventos!
Queremos moradia, saúde e educação!

*Danielle e Suellen são estudantes de Educação Física na FIC-Estácio e constróem a ANEL-CE.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"E daí? Eu, também, sou travesti!"




Nos últimos meses vivemos um momento de efervescência contra toda forma de opressão. Tem articulações de mulheres, negros e gays por todo o planeta buscando dar um “basta” no preconceito.

Certamente um dos momentos mais marcantes que já vivi se deu no I Congresso da ANEL, quando, depois de um grandioso debate sobre preconceito, a UFRRJ teve seus alicerces estremecidos por uma mini multidão que gritava sincronicamente “E daí? Eu, também sou travesti!”. Aquilo não era uma simples palavra de ordem, não era só um movimento e não era só entre os Gays. Era bem maior!

Aquele momento me fez ter um turbilhão de reflexões sobre a temática e um dos principais questionamentos que levantei foi, até quando aceitaremos uma sociedade regada pelo machismo, racismo e patriarcalismo?

Em meados de 1969, nascia para o mundo o movimento contra a opressão homofóbica. 

Nesse ano, homossexuais que frequentavam o bar de Stonewall, cansados da repressão que sofriam nas constantes batidas policiais, tomaram as ruas de Nova York durante quatro dias como forma de resistência à violência. Um ano depois, voltaram às ruas mais de dez mil homossexuais para reafirmarem a luta contra o preconceito e demonstrar a capacidade de organização pela luta por direitos, além, da comemoração pelo aniversário da revolução de Stonewall. Era um movimento de luta.

Cresce a necessidade de resgatarmos o espirito combativo injetado na revolução de Stonewall, politizando as massas e as paradas Gays para podermos novamente organizar a classe LGBT e fortalecer a luta. Dados comprovam essa necessidade. A cada trinta e seis horas morre um homossexual no Brasil. Os números de homofobia são escandalosos e a omissão do governo é gritante.

A PL122 (Projeto de Lei que criminaliza a Homofobia) representa hoje uma ação de vanguarda para garantir o direito de ser livre para exercício da sexualidade. Movimentos contrários à aprovação do projeto são verdadeiras ofensivas fascistas que buscam garantir a exterminação do “diferente”.

Precisamos combater à violência fascista, exigindo liberdade, igualdade e o livre e seguro exercício da sexualidade.

Precisamos retomar a lição que Stonewall nos deixou há mais de quarenta anos atrás.
*Diego é estudante de Letras da UFC e compôe a Executiva Estadual da Anel-CE

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Convocatória - Reunião da Campanha por 10% do PIB pra educação já! (Ceará)

 
pessoal, 
como vcs podem ver no texto abaixo, está feito, a partir do Andes, o convite para iniciarmos a discutir e definir os encaminhamentos para a Campanha por 10% do PIB pra educação já aqui no Ceará.
Todos estão convidados!

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Convocatória - Reunião da Campanha por 10% do PIB pra educação já! 
Fortaleza, 29 de julho de 2011.  
 
De: Prof. Raquel Dias Araújo – 1ª Secretária Regional NE 1 ANDES-SN     
Para: Entidades do Movimento Sindical, Estudantil e Popular.  
 
Caro(s)

 As entidades que participam da campanha “10% do PIB para a Educação Pública, Já!” se reuniram na sede do ANDES-SN, em Brasília, na última quinta-feira (21/7) para definir novas ações para a mobilização em torno da luta pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública, a partir do segundo semestre.

Diante da necessidade imediata em ampliar o movimento, foi deliberado que cada entidade integrante leve o debate para suas bases e convide outras organizações a aderirem à luta.

Nesse sentido, a Regional NE I do ANDES-SN e as entidades participantes da campanha convocam as entidades do movimento sindical, estudantil e popular para participarem de uma reunião, no dia 04 de agosto do corrente ano, às 14 horas, na sede da Regional (Rua Tereza Cristina, 2266, sala 105, Bairro Benfica – atrás do Shopping Benfica – telefone 3283 8751), para discutir os encaminhamentos relativos à Campanha no estado do Ceará.

Agradecemos antecipadamente e apresentamos, na oportunidade, nossas cordiais saudações sindicais e universitárias.  
 
Prof. Raquel Dias Araújo
1ª Secretária Regional NE 1 do ANDES-SN

Plenária da Anel-CE neste sábado!

Pessoal,
como deliberado na última plenária (convocatória aqui), nossa próxima plenária será neste sábado, dia 06/08, a partir das 8:30, na Unifor -perto do DA de Comunicação Social.

Até! :)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A juventude quer gritar: CHEGA DE SUFOCO!


Natália Guerra

Você se levanta cedo, o sol vai entrando pela janela, até tomar todo o seu quarto com aquela claridade que incomoda avisando que mais um dia começou. Você levanta, toma um banho, come algo rápido que dê para aguentar até a hora do almoço e sai para o trabalho.

Chega na parada e lá está aquele absurdo de gente que vai pegar o mesmo ônibus que você! Mas aí você pensa: “bom, pelo menos eu não tenho que ir para o terminal enfrentar aquele caos. Vou ficar espremido aqui só alguns minutos”. No fim do dia, a volta para a casa angustia só de imaginar a mesma cena caótica que foi enfrentar durante a manhã aquele horário de pico em que milhares de estudantes e trabalhadores estão saindo para suas obrigações.

Nesse momento parece que tudo incomoda, tudo está ruim, mas tem um jeito: esperar. Esperar que as 18 horas passem para conseguir pegar um ônibus em que dê para chegar em casa podendo respirar com os dois pulmões. Esperar uma hora. É mais uma hora do dia que vai ser perdida e mais uma vez porque o transporte público não funciona. Aliás, o transporte, a saúde, a educação...

Mas a culpa é do bombeiro, que sai para uma operação e não consegue apagar o fogo direito; do professor, que é preguiçoso e não quer dar aula; dos médicos, que nunca chegam no horário para atender os pacientes nos hospitais; dos operários, que demoram uma eternidade para concluir uma obra; e principalmente dos motoristas de ônibus, que levam muito tempo para chegar no ponto de ônibus. Por isso só tem ônibus entupido de gente, por isso você só chega atrasado ao emprego e à faculdade.

E é isso mesmo que o capitalismo quer e faz com que você pense: que nada que é público presta e que a culpa é toda e somente do trabalhador. O trabalhador que tem uma carga horária de 8 horas e ganha um salário mínimo. O trabalhador que hoje, quando faz greve porque não aguenta mais as condições que estão postas, é vagabundo.

Será mesmo que um trabalhador que passa quase um dia inteiro trabalhando, que ganha uma miséria para sustentar uma família e quase não tem lazer é mesmo um vagabundo? Enquanto esse vagabundo degrada cada vez mais sua saúde pela exploração do trabalho imposta pelo patrão, este por sua vez ganha pelo menos 20 vezes mais que ele, sem fazer nada, apenas porque detêm os meios de produção do trabalho.

Os rodoviários não produzem produtos que vão dar lucros diretos, como o operário que constroi um prédio ou produz um produto em uma fábrica, mas ele transporta esse trabalhador e com isso distribui os trabalhadores na sociedade. O rodoviário é quem acorda antes do trabalhador para distribuir a produção (levar o operário, o prefessor, o estudante), e por isso é extremamente explorado.

Com um reajuste de apenas 6,3% proposto pelo Sindionibus, unanima e enfurecidamente a categoria decreta greve. E o lugar da juventude é ao lado desses trabalhadores, lutando todos os dias contra a exploração e opressão dos patrões e fazendo a sociedade entender que os trabalhadores são os aliados e os tubarões que devoram toda força de trabalhado que aparece em sua frente. São os verdadeiros inimigos, junto com esse governo que os apoia e isenta de diversas taxas, sem garantir nenhum aumento para a categoria, nem melhorias no transporte público, em um estado onde pagamos a passagem mais cara do país.

O papel da juventude, dos estudantes e da ANEL é pautar, agregar na luta, se indignar junto com a classe trabalhadora, ir de encontro - nas ruas, nas universidades, na cara dos patrões, gritar: CHEGA DE SUFOCO!

Estado de greve:

- Decretada em 28 de julho de 2011;
- Previsão para começar: terça-feira, 2 de agosto;
- Apenas 30% dos ônibus circularão nesse período.

Principais reivindicações:

- Reajuste de 9,9%;
- Cesta básica de R$ 65,00;
- Vale alimentação de R$ 7,00.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Oficina de cartazes



Mais um semestre começa e nós, militantes, atuantes em CA's. DA's e DCE, precisamos pensar recepções mirabolantes para atrair cada vez mais estudantes para militar junto conosco.

É pensando nisso, que nós da ANEL resolvemos tentar preparar essa recepção de forma coletiva com quem se disponibilize a ajudar e com quem esteja precisando de ajuda para tocar uma recepção na sua faculdade.

Para que isso aconteça, hoje, 27 de julho faremos no CH1 da UFC, mais conhecido como bosque, uma oficina de cartazes para as recepções que acontecerão nesse semestre que logo se inicia. Vamos levar cartazes, canetinha, pincel, tinta, tesoura, muita criatividade e luta para essa oficina que acontece logo mais as 17 horas.

domingo, 24 de julho de 2011

ANEL dá apoio total a greve dos servidores da UFC

Direto do site do SINTUFce, acompanhe a notícia:

 Sindicato cita apoio da ANEL a greve dos servidores.

Fonte: http://www.sintufce.org.br/noticias/texto.php?id=1035

Para onde está indo o dinheiro da educação?


Em pouco mais de 1 minuto, Amanda Gurgel dá mais uma aula para todos nós.

E vamos que vamos, na luta contra o novo PNE e por 10% do PIB pra educação!

Plano Nacional da (Des)Educação

 por Diego Paulino*

O Banco Mundial é uma instituição que foi criada, principalmente, para financiar os projetos de expansão de infraestrutura dos países em desenvolvimento e, em troca, esses países são obrigados a permitirem a entrada da política neoliberal dos grandes polos econômicos que estão por trás do banco.

No tocante a educação, o Banco mundial tem projetos, elaborados por economistas, com traços neoliberais e imperialistas bem marcantes, denunciando, o caráter comercial que eles veem na educação.

Alguns desses traços devem ser debatidos com mais afinco.

É o caso da Lei “Custo x Beneficio” que rege esse projeto educacional, que prioriza maiores quantidade com menores custos (um professor que ensina trinta alunos pode ensinar cinquenta).

Tem, também, o sucateamento dos profissionais da educação, uma vez que, todo recurso humano é visto pelo banco como um problema em potencial, pois tais profissionais tendem a não aceitar com passividade as “regras do jogo” ditadas pelo banco (baixos salários e condições pífias de trabalho, por exemplo).

Não podemos esquecer da ‘pragmatização’ da educação empregada pelo banco, que visa a montagem de um exército de mão-de-obra barata minimamente qualificada do qual as grandes empresas possam usufruir para lucrarem e se expandirem.

E, ainda, a privatização das Universidades. Passar o ensino superior para as mãos dos grandes empresários, além de representar lucros, acaba isentando o Estado de tal responsabilidade.

Ainda no governo de FHC, o Brasil alegou não ter capital para investir em alguns setores sociais, como a educação. Logo, recorreu ao Banco Mundial e, dessa forma, além de aumentar a dívida externa do país, implantou no país os projetos educacionais propostos pelo Banco Mundial.

Tem inicio uma verdadeira contra-reforma educacional brasileira que se agrava com o passar dos anos e com as mudanças de governos.

O Governo Lula lança um projeto educacional de aparente melhoria do Ensino Público, mas que em sua essência são verdadeiras manobras de implantes das políticas educacionais do Banco Mundial.

O REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), por exemplo, obriga que as Universidades dobre o número de vagas sem, porém, oferecer verba proporcional a esse aumento. O que se torna um suicídio do ensino público superior e ajuda o governo a justificar seu apoio as iniciativas privadas: “Apoiamos a expansão do Ensino Superior Privado, pois o Estado não tem condições de promover tal expansão no Ensino Público”.

Como o REUNI, temos outros programas do governo que ajudam a caminhada para a privatização do ensino superior, como ProUni (Programa Universidade para Todos), na qual cada aluno “contemplado” custa à União o mesmo valor que três alunos que estão no ensino superior público.

Não podemos esquecer o Novo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que muda o processo seletivo de acesso às universidades públicas e, consequentemente, obriga as instituições de ensino privado mudar suas metodologias de ensino para que possam se adaptar a esse “novo vestibular”. Porém, essa mesma mudança de metodologia de ensino não ocorre nas unidades públicas de ensino médio o que implica um distanciamento ainda maior entre o aluno que não pode pagar por um ensino médio em uma unidade privada e a universidade.

Temos ainda o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e do Emprego), que vem sendo reforçado nos últimos meses, e se configura em mais um programa que reforça as ideias neoliberais do projeto educacional do Banco Mundial.

Somando-se a tudo isso temos um problema tão grave quanto os já discorridos: a percentagem do PIB destinado à educação, atualmente, não chega sequer aos 5%, o que justifica os salários miseráveis que são oferecidos aos professores e as péssimas condições em que se encontra a educação brasileira.

O PNE proposto pelo governo Dilma representa um ataque ainda mais grave à educação brasileira, pois incorpora como política de estado todos esses programas educacionais que foram implantados no governo Lula o que, na prática, significam uma contra-reforma da educação e uma forte aproximação dos laços entre o projeto educacional nacional e um projeto educacional que representa um verdadeiro distanciamento do ensino público, gratuito, universal e de qualidade.

Não podemos aceitar um Plano Nacional de Educação que se curve às leis de mercado e que põe em risco a emancipação da sociedade brasileira.

Todos juntos contra o PNE de Dilma e por 10% do PIB para educação, JÁ!! 

*Diego é estudante de Letras e compõe a Comissão Executiva provisória da ANEL-CE.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Plenária da Anel esta quinta (21/07)


Como deliberado na Plenária realizada no sábado de 09/07 (convocatória e relatoria aqui e aqui), faremos nesta quinta uma plenária da Anel para, entre outras coisas, debatermos sobre os nossos próximos passos, em especial sobre: Campanha contra o PNE e por 10% do PIB pra educação já; recepções de calouros (UFC, UNIFOR, FIC, etc!) e divulgação da Anel-CE.

Local: "Cantinho" G1, no campus do Itapery (UECE).
Data/Horário: Quinta (21/07), às 17h.

O novo pede passagem e nós pedimos a presença de todos e todas, 
desde aqueles que já constroem a Anel, até aqueles que querem conhecer melhor essa nova entidade!

Até. :)

ANEL saúda o 56º CONAD e o ANDES-SN!


Pessoal, 
no vídeo, a saudação que Catharina Lincoln, membro da Comissão Executiva da ANEL, fez na abertura do 56° Conselho do Andes-SN (CONAD).

E enquanto a UNE abriu seu Congresso com o Ministro da Educação e o batalhão do Governo, a ANEL marcou presença no 56º Conad do Andes/SN para preparar a luta junto com os professores contra o novo PNE de Dilma e em defesa da aplicação imediata dos 10% do PIB para a Educação! 

sábado, 16 de julho de 2011

Anel presente no Chile!


Pessoal, 
Pra quem não sabe, Clara Saraiva, da Comissão Executiva Nacional da Anel, viajou para o Chile com o objetivo de acompanhar as mobilizações que lá têm ocorrido contra ataques à educação e levar aos estudantes chilenos o apoio dos estudantes livres do Brasil!

A Anel, que recentemente teve uma representante no Egito, vem ao movimento estudantil levantar bem alto a bandeira do internacionalismo. Isso se refletiu bem no 1° Congresso da entidade, que teve um espaço com delegações estrangeiras, com estudantes da Espanha, Argentina, Palestina, entre outros países. :)

Abaixo, clipping com notícias e site com fotos sobre a ida da Anel ao Chile e a luta dos estudantes de lá:
>Juventude chilena luta e beija em defesa da Educação Pública!
Aquihttp://www.anelonline.org/?p=2226

>La educación chilena no se viende: se defiende! (1° Relato da Anel no Chile)
Aqui: http://www.anelonline.org/?p=2300

>ANEL en Chile: “El Maremoto Estudiantil”
E aqui: http://www.anelonline.org/?p=2314

>Fotos da Anel no Chile: 
https://picasaweb.google.com/anelonline/ANELNoChile


A nossa luta é internacional!
Sou estudante LIVRE da Assembleia Nacional!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Anel-CE construindo a Campanha "Chega de Sufoco!"


O transporte coletivo de Fortaleza está um caos. Os ônibus são poucos, estão sempre lotados; os engarrafamentos estão cada vez mais longos; as filas são imensas e o tempo de espera é cada vez maior. O calor e o desconforto nas cadeiras é sentido por todos os usuários. 

A prefeita Luizianne Lins (PT) autorizou aumento de quase 12%, elevando a passagem para R$ 2,00. O aumento não melhorou a qualidade do transporte e com o transporte mais caro a prefeita faz a Fortaleza Bela para os empresários. 

Já os trabalhadores rodoviários, que estão trabalhando cada vez mais, ficando cansados e  doentes, seguem na Campanha Salarial 2011, numa luta justa por melhorias nos salários e condições de trabalho. 

Diante desse contexto, a Prefeitura e os empresários (tendo ao seu lado a mídia e o aparato repressor que criminalizam a luta dos trabalhadores e da juventude) tentam culpar os rodoviários e seu Sindicato pelo caos no transporte coletivo de Fortaleza!

É no sentido de denunciar essa situação que o Sindicato dos Rodoviário (Sintro-CE ) e a CSP-Conlutas, juntamente com a Anel-CE, estão realizando uma campanha pela melhoria dos transportes nos terminais e nos locais de trabalho. Exigimos, assim, dos empresários de ônibus e da prefeita Luizianne Lins melhoria no transporte, mas também melhores condições de trabalho para os rodoviários. 

A Anel, que no seu último Congresso reafirmou seu compromisso de lutar junto à classe trabalhadora, vem aqui no Ceará, a partir de falas, panfletos e adesivos, mostrar que a luta dos rodoviários e dos estudantes é uma só!


Todo apoio à luta dos Rodoviários!
Chega de Sufoco! População e Rodoviários juntos por mais ônibus e mais direitos!

Materiais que estão sendo divulgados:
Adesivo da Campanha

Panfleto da Campanha
Clique nas imagens para ampliar.

Mais informações sobre a Campanha Salarial aqui:  http://sintroce.com.br/

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Relatoria da Plenária de Balanço do 1º Congresso Nacional da Anel



Neste sábado (09/07), como previamente divulgado, aconteceu, na sede do Sintro-CE, uma plenária de balanço e perspectivas do 1º Congresso Nacional da Anel.

Estiveram presentes:
Dávillo, Natália Brito (Pedagogia-UECE); Rafael "Iguatu", Rafael "Le Goff" (História-UECE); Juliana (Medicina-UFC); Roberta, Diego (Letras-UFC); Camila (Comunicação Social-Mestrado-UFC); Natália Guerra, Talita, Ramó (Comunicação Social-UNIFOR); Danielle, Suellen (Educação Física-FIC) e Gabriel (Medicina-UFMA). Várias faltas foram justificadas.

A reunião contou com dois pontos de pauta (1-Balanço do Congresso e 2-Perspectivas e Atividades) e, depois de um boa discussão a partir de cada um dos tópicos que seguem, teve os seguintes encaminhamentos:

>Balanço público do Congresso e de sua construção
-Escrever um, a partir da discussão que tivemos: Juliana, Diego e Danielle

>Greve dos servidores da UFC
-Fazer faixa com símbolo da Anel e da CSP-Conlutas e os seguintes dizeres "Todo apoio à luta dos servidores da UFC! 10% do PIB pra educação JÁ!": Roberta, Natália G.
-Participar das atividades da greve: quinta e sexta de manhã vão 'Iguatu' e Danielle.

>Participação na Campanha "Chega de Sufoco - População e rodoviários juntos! Por mais ônibus e mais direitos!"*
-Panfletagem e passadas em sala com o material da Campanha na UECE.
Ponto de Encontro no "cantinho" G1 (Campus do Itapery -UECE), terça (12/07), às 18h: Dávillo, 'Le Goff', Talita, Juliana, Natália G. e Ramó.
-Ida ao Sindicato para ajudar nas atividades da Campanha Salarial na segunda (11/07), quarta (13/07) e sexta (15/07), às 3h da madrugada: Segunda - Talita; Quarta - Dávillo , Danielle, 'Le Goff', Juliana, Talita; Sexta - 'Iguatu', Ramó, Talita. Pram quem pode dormir fora ou sair cedo assim de casa: das pessoas que se colocaram, Talita deve ir de carro e o resto dormirá na casa do 'Iguatu', a partir da qual irá a pé ao Sindicato.
-Ida ao Sindicato para de lá partir para panfletagens da Campanha "Chega de Sufoco" em terminais na terça (12/07) e quinta (14/07), às 7:30h: Terça - Talita, 'Le Goff'; Quinta - Talita, 'Le Goff', Roberta e Juliana.
-Além disso, deliberamos pela participação nas Assembleias da categoria que ocorrerão no sábado (16/07), às 9 e 16h.

>Divulgação da Anel-CE
-Pesquisar sobre preços e modelos para fazermos camisa da Anel-CE: Danielle e Suellen.
-Produzir textos a serem veiculados no blog: TOD@S.
-Criar lista de e-mails do Googlegrupos: Camila.
-Foi tirada uma comissão para elaborar sobre a política de comunicação da entidade (blog, twitter, etc): Diego, Natália G., Ramó, Camila, Roberta e Talita.

>Comissão executiva estadual provisória
-A se reunir no final desta semana ou início da próxima (data ainda não definida): Juliana, Paulo César, Talita, Diego, 'Le Goff', Ramó, Natália G. e Danielle

>Próxima reunião
-Quinta-feira (21/07), às 18h, no "cantinho" G1 (Campus do Itapery-UECE)
-Pautas: Campanha contra o PNE  e por 10% do PIB pra educação já; Recepção de Calouros; Divulgação da Anel-CE; Cine-clube da Anel.



Pessoal, um pena que teve quem não pode vir, mas TODOS  e TODAS estão convidados a se agregar nas atividades que tiramos! :)
E vamos que vamos!


*em breve, post com adesivo e panfleto da Campanha.

sábado, 9 de julho de 2011

Carta à Injustiça Social

"NÃO SOU CAPACHO DO governo federal, SOU ESTUDANTE LIVRE DA ASSEMBLEIA NACIONAL"

Por Roberta Dominici*
À caríssima senhora, Injustiça Social.

Venho por meio desta, cordialmente dizer-lhe quem são estes baderneiros, senhora. Pedimos que não se sentisse agredida, por enquanto, já que estamos apenas começando nossa guerra possante de línguas de fogo.

Viemos trazer à sua ciência a resposta da pergunta que fizeste ao ver-nos caminhando a passos pesados e ligeiros procurando fita durex e caneta colorida para assim nos armar contra ti. Assustaste? Sabemos que sim. É claro que ficarias preocupada, mesmo porque somos... Calma...

Observaste nossas correrias, nossa rifa, e o passar de horas a fio pedindo dinheiro nos sinais de trânsito, depois contando cada centavo como se os tivéssemos ganhado na loteria. Alguns de nós, a perder aulas na faculdade, outros saindo direto do trabalho para os ditos pedágios. Fizemos reuniões várias vezes por semana. Preparamos coisas para dizer, coisas para fazer, alguns choraram e se recompuseram rapidamente. Sim, somos um bando de conspiradores e estamos todos contra você.

Tentaste até nos derrubar no último momento antes do que seria nosso primeiro grande golpe contra sua existência. Por conta disso alguns não estiveram presentes no evento meticuloso que organizamos, por outros motivos pessoas extremamente importantes para nós também não estiveram. Tivemos crises de ódio, falamos palavrões consecutivos (expressões horrorosas!), mas você não sabia não é? Somos altamente perigosos e perigosas, e pior, somos birrentos, altamente birrentos e vorazes, pessoas que podem e nessa leva um dia vão acabar com a sua vida. É este o nosso projeto.

Acordamos cedo e marcamos um encontro, pegamos um ônibus, atônitos e cheios de amor e ódio. No caminho, o pneu furou (estamos rindo disto), não gastamos energia com raivinhas, fomos jogar bola ou dormir. Dois dias de viagem e chegamos.

Estávamos sedentos de... Algo que não sei de exato o quê, mas faço uma idéia. Dois dias num ônibus. Poderíamos ter nos irritado, mas nossa sede de vingança é tanta, que nos fez organizar debates durante a viagem, foram intervenções cambaleantes nos buracos da estrada, porém sólidas e violentas no conteúdo.
Chegamos ao nosso destino numa noite fria, e calculistas nos destinamos ao jantar, ansiosos e prepotentes. Iniciamos no dia seguinte nossa trajetória de guerra. Fizemos intervenções avassaladoras, tiramos atos grandiosos, reclamamos e propusemos soluções, exigimos sermos escutados e atendidos. Compramos camisas com poesias e frases de luta e as exibimos com êxito. Pela noite nos encaminhávamos às festas, bebidas e aos amores que qualquer viagem proporcionaria, porém, mesmo na madrugada fria que se fazia quente por conta dos corpos que se colavam, sabíamos por que estávamos ali, sabíamos o que queríamos e sem dúvida lutaríamos novamente assim que amanhecesse.

Houve no último dia, deste nosso início, uma Plenária “final”, onde consolidamos nossas decisões tiradas nos grupos de debate. Lemos cada proposta com atenção, levantamos nossos crachás com fé, uma fé inenarrável num futuro magistral, que é o que queremos e merecemos.

Gritamos com afinco palavras de ordem, que refletiam nossa indignação e levante de luta, nos enfrentamos entre si, para o nosso crescimento, discutimos, fomos provocados, e talvez provocamos, também. Fizemos alianças importantíssimas com a classe trabalhadora, explorada como nós, nossos pais e professores, e até com a polícia. Sem falsa modéstia, uma ação de alta esperteza de nossa parte.

Ficamos roucos, mas não paramos de falar, aliás, como sempre acontece nessa redoma cortante que é a casa onde tu nos prendeste há anos, e de onde queremos sair. Ficamos doentes, e saímos doentes para te combater, esquecendo deste fato. As doenças se tornaram todas secundárias, porque o que nos interessava, era e é o simples fato de que queremos a sua cabeça numa bandeja, para assim atear fogo nela.

Terminamos o evento, não com a sensação de dever cumprido, mas de dever iniciado a se cumprir, queremos sempre mais.

Na volta, o cansaço nos agarrava, porém nada que impedisse a ciência de todos, de que precisaríamos de mais um debate, para um breve balanço. Era unânime, ou pelo menos quase, o fato do evento ter sido magnífico.

Hoje, estamos em casa, de volta à vida normal: trabalho, escola, faculdade. Ainda temos no corpo as marcas de uma semana de energias gastas, estamos nos recuperando. Na alma, a sensação de vitória de uma batalha vencida. Imagino como esteja a senhora. Sim. Alguns pontos na cabeça, um braço, perna ou dente quebrado, aqui e ali. Perdoe a sinceridade, mas ficamos extremamente felizes por suas dores. Como se diz aqui no Ceará: “começa assim, depois piora!” E vamos nos dedicar para que piore.

Até porque, não somos um exercito com um número limitado de soldados, somos um exercito que cresce a cada dia, visto nosso evento, por volta de 1.700 estudantes, universitários e secundaristas de 23 estados do país. Todos, volto a dizer, com o projeto de sua morte imediata. Nossas armas? Nossas línguas de fogo, que atravessam mundos por sua força, nossos cérebros dotados de inteligência e perspicácia, nossas mãos calejadas do trabalho árduo, nossos pés cansados que andam à cata de alimento libertário, nossa sede de vingança e o ódio com o qual tu nos criaste desde crianças.

E nossa luta não termina aqui, começa. Estamos atrás de você, e vamos te pegar. Isso não é uma ameaça, é um aviso.

Nasce uma nova organização de estudantes. Estudantes que são todos, ao mesmo tempo, professores, pedreiros, bombeiros, servidores públicos, trabalhadores explorados por você há tantos anos. Estudantes, pessoas sedentos de vingança. Pessoas cansadas de ver tua cara de pau por toda parte da cidade, pessoas conscientes e que conscientizam, exaustas do contraste que tu causas em nossos lugares, em nosso país, em nosso mundo. Fatigados dessa terra sem dono, sem justiça. Desse sistema que gera dor, fome, miséria, cansados e cansadas, dessa exploração, dessas opressões, desses medos cotidianos. Só queremos o fim desse sofrimento. Só queremos não ouvir mais o seu nome, cara destinatária. E vamos lutar para isso.

Somos lutadores e lutadoras, militantes, da Assembléia Nacional dos Estudantes, e mais, somos livres e queremos ser mais ainda. Livres de você.

Estudante de Letras na UFC que constrói a ANEL - CE.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Confira as resoluções aprovadas no 1° Congresso Nacional da Anel!


Durante o 1° Congresso Nacional da Anel, realizado no final de junho, no Rio de Janeiro, cerca de 1700 estudantes de todo o Brasil debateram sobre a política da entidade, em painéis e GDs sobre conjuntura, educação, opressões, concepção da entidade, entre outros temas.

Confira o que foi deliberado na plenária final aqui: www.anelonline.org/?p=2245

Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?


A Comissão Executiva Nacional da Anel publica abaixo a carta de lançamento da Campanha Nacional pelos 10% do PIB já para a Educação, que já está sendo construído por diversas entidades. Chamamos para a reunião do dia 21 de julho em Brasília as entidades que quiserem fortalecer essa campanha para articular os próximos passos e a construção da Jornada de Lutas de agosto. Convidamos também todas as entidades e coletivos estudantis a assinarem esta carta: basta deixar um comentário nesse post com o nome da entidade ou enviar um email para anelonline@gmail.com que incorporamos nas assinaturas.

Saudações Estudantis Livres!
Comissão Executiva Nacional
Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre
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Carta de Lançamento da Campanha Nacional
Por que aplicar já 10% do PIB nacional na Educação Pública?

A educação é um direito fundamental de todas as pessoas. Possibilita maior protagonismo no campo da cultura, da arte, da ciência e da tecnologia, fomenta a imaginação criadora e, por isso, amplia a consciência social comprometida com as transformações sociais em prol de uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”.

No entanto, o Estado brasileiro, por expressar os interesses dos ‘donos do poder’, não cumpre sua obrigação Constitucional. O Brasil ostenta nesse início de século XXI, se comparado com outros países, incluindo vizinhos de América Latina, uma situação educacional inaceitável: mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população – alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior – estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é localizada e pífia.

Há mais de dez anos os setores organizados ligados à educação formularam o Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (II Congresso Nacional de Educação, II Coned, Belo Horizonte/MG, 1997). Neste Plano, professores, entidades acadêmicas, sindicatos, movimentos sociais, estudantes elaboraram um cuidadoso diagnóstico da situação da educação brasileira, indicando metas concretas para a real universalização do direito de todos à educação, mas, para isso, seria necessário um mínimo de investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7% e, mesmo assim, este percentual foi vetado pelo governo de então, veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB nacional em Educação. Desde então já se passaram 14 anos e a proposta de Plano Nacional de Educação em debate no Congresso Nacional define a meta de atingir 7% do PIB na Educação em … 2020!

O argumento do Ministro da Educação, em recente audiência na Câmara dos Deputados, foi o de que não há recursos para avançar mais do que isso. Essa resposta não pode ser aceita. Investir desde já 10% do PIB na educação implicaria em um aumento dos gastos do governo na área em torno de 140 bilhões de reais. O Tribunal de Contas da União acaba de informar que só no ano de 2010 o governo repassou aos grupos empresariais 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais. Mais de 40 bilhões estão prometidos para as obras da Copa e Olimpíadas. O Orçamento da União de 2011 prevê 950 bilhões de reais para pagamento de juros e amortização das dívidas externa e interna (apenas entre 1º de janeiro e 17 de junho deste ano já foram gastos pelo governo 364 bilhões de reais para este fim). O problema não é falta de verbas públicas. É preciso rever as prioridades dos gastos estatais em prol dos direitos sociais universais.

Por esta razão estamos propondo a todas as organizações dos trabalhadores, a todos os setores sociais organizados, a todos(as) os(as) interessados(as) em fazer avançar a educação no Brasil, a que somemos força na realização de uma ampla campanha nacional em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB nacional na educação pública. Assim poderíamos levar este debate a cada local de trabalho, a cada escola, a cada cidade e comunidade deste país, debater o tema com a população. Nossa proposta é, inclusive, promover um plebiscito popular (poderia ser em novembro deste ano), para que a população possa se posicionar. E dessa forma aumentar a pressão sobre as autoridades a quem cabe decidir sobre esta questão.
Convidamos as entidades e os setores interessados que discutam e definam posição sobre esta proposta. A idéia é que façamos uma reunião de entidades em Brasília (dia 21 de julho, na sede do Andes/SN). A agenda da reunião está aberta à participação de todos para que possamos construir juntos um grande movimento em prol da aplicação de 10% do PIB na educação pública, consensuando os eixos e a metodologia de construção da Campanha.

Junho de 2011.

ABEPSS, ANDES-SN, ANEL, CALET-UnB, CFESS, COLETIVO VAMOS À LUTA, CSP-CONLUTAS, CSP-CONLUTAS/DF, CSP-CONLUTAS/SP, DCE-UFF, DCE-UnB, DCE-UFRJ, ENECOS, ENESSO, EXNEL, FENED, MST, MTL, MTST/DF, MUST, OPOSIÇÃO ALTERNATIVA, CSP-CONLUTAS/RN, PRODAMOINHO, SEPE/RJ, SINASEFE, SINDREDE/BH, UNIDOS PRÁ LUTAR.

Uma missionária Homofóbica: Myrian Rios.




Com seus melhores trejeitos de atriz e em sua pior performance, a nada nobre deputada, “missionária católica” e divorciada, Myrian Rios, declarou na plenária que não poder discriminar homossexuais é “abrir uma porta para a pedofilia”.

Ao assistir às declarações de Myrian Rios, capa da Revista “Ele & Ela” (equivalente a “Playboy” da atualidade) por duas vezes, na década de 70, sobre a PEC 23, emenda que criminaliza a homofobia, eu abri o Office feito um louco para “vomitar” o meu repúdio às asneiras que ela falou. 

Mal sabia eu o quão árdua seria essa tarefa. Foram tantas asneiras, que eu não sabia por onde começar. Começarei pelo irrefutável: a Constituição.

Enquanto (pseud.) cidadã, Myrian Rios tem o direito de primar por suas crendices o quanto quiser, porém, enquanto Deputada Estadual de um País Constitucionalmente Laico, ela precisa aprender que, em território brasileiro, nenhuma religião ou preceito religioso está acima da lei.

Para falar a verdade, ela precisa aprender uma série de coisas.

A deputada homofóbica, em uma nítida manipulação proposital e antiética da opinião pública, prolonga inverdades e reclama o direito de discriminar a condição homossexual, vinculando homossexualidade a pedofilia. 

Não sei se por ignorância ou porque perdeu o juízo junto com as roupas, mas a deputada comete uma série de confusões em sua fala, como a de misturar as definições de ‘opção’ e ‘orientação’, e chega a colocar a homossexualidade como indicio de pedofilia.

A homofóbica reclama “o direito de não querer um funcionário homossexual” trabalhando para si sob a justificativa de que “uma babá lésbica [pode] cometer a pedofilia com [suas filhas]” ou, ainda, “um motorista homossexual poderia, de uma maneira ou de outra, tentar bolinar [seus filhos] e partir para uma pedofilia com os meninos”.

Por ignorância e irresponsabilidade, a deputada não sabe que a maioria esmagadora dos casos de pedofilia são praticados por heterossexuais e que é comprovado cientificamente que a maior ocorrência de abuso sexual contra “crianças e adolescentes inocentes” se dá pelos próprios pais e por figuras de autoridade que detêm a confiança deles. 

Segundo uma pesquisa no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), quase 70% das crianças que sofrem abuso são vítimas de pais ou padrastos.

As declarações de Myrian Rios se enquadram tão somente em ato de discriminação e de incitação ao ódio e à violência contra homossexuais.

Não podemos sucumbir a uma sociedade machista racista heteronormativa.

*Estudante de Letras na UFC e Constrói a ANEL - CE.

terça-feira, 5 de julho de 2011

1º Congresso da ANEL: O Novo Pediu Passagem!


Declaração da Comissão Executiva Nacional - ANEL

É com enorme alegria e orgulho que a Comissão Executiva Nacional vem compartilhar uma primeira avaliação do 1º Congresso da ANEL. Realizado entre os dias 23 a 26 de junho em Seropédica, Rio de Janeiro, o Congresso foi um verdadeiro sucesso. Todos os que estiveram presentes saíram de um jeito diferente de como entraram, cheio de histórias pra contar e armados para enfrentar os novos desafios do movimento estudantil brasileiro. Marcando a consolidação da ANEL na realidade nacional e uma presença incontestável nas universidades e escolas do país, construímos com nossas próprias mãos a história e não temos dúvidas de que temos ainda um longo caminho pela frente, que só com muita dedicação e unidade entre os lutadores, irá fortalecer o movimento estudantil democrático, independente, de luta e aliado aos trabalhadores.

Em primeiro lugar, vale ressaltar a representatividade do Congresso. Contou com mais de 1700 presentes e de 1100 delegados, representando milhares de estudantes das principais universidades e escolas do país. Cada um com seu kit-congresso de caderno de resoluções e contribuições, bloco, caneta e caneca da ANEL, a participação ativa de todos foi uma marca fundamental. Persistindo em discussões até tarde da noite, contribuindo em cada Grupo de Discussão com novas propostas, apresentando o acúmulo de sua entidade, ajudando na organização e limpeza do Congresso, participando com muita empolgação nas festas, todos os estudantes livres foram protagonistas do Congresso.

Logo na Mesa de Abertura, era possível identificar uma característica do Congresso: esteve ao longo de sua construção e em todos os debates de lá, colado a cada processo de luta, no nosso país e em todo o mundo. Um ponto alto na abertura foi a saudação do cabo Daciolo, do corpo dos bombeiros, que dizia que se os estudante eram bombeiros em apoio à sua luta, naquele momento ele que era estudante como nós. A servidora Ivanilda da UFRRJ, em nome do Comando de Greve da Rural, fez sua saudação também; assim como a Marina do ANDES-SN, o Cleber do sindicato da construção civil de Belém do Pará, Mancha da CSP Conlutas, Julio do DCE UFRJ, Clara da CEN, Neto do MST, Guilherme do MTST, Adriano do CA de História da UNESP-Franca. Cantando com força: “Não sou capacho do governo federal, sou estudante livre da Assembléia Nacional” iniciou-se o 1º Congresso da ANEL.

O primeiro dia de Congresso serviu para aprofundar o debate sobre a conjuntura nacional e os rumos da educação brasileira, esmiuçando nos grupos de discussão nossa compreensão sobre o novo Plano Nacional de Educação do governo Dilma, que sistematiza os principais ataques à educação que promoveu o governo Lula. Combinado com uma excelente exposição à noite da professora Amanda Gurgel, e dos professores Valério Arcary, Otaviano Helene e Nicholas Davies, chegamos a uma compreensão comum da necessidade de combater o PNE e exigir 10% do PIB para a educação já, lutando pelas melhorias em cada universidade e escola.

À tarde, nos grupos de discussão, aprofundamos os debates sobre concepção de entidade, o trabalho de base e as finanças da ANEL, pontos fundamentais no seu processo de consolidação. Nesses GDs, ressaltamos a importância do auto-financiamento do Congresso, que só foi possível graças ao suor de cada estudante que vendeu rifas, fez pedágios, campanhas financeiras com muito orgulho de construir uma entidade independente, que se recusa a receber dinheiro de empresas e governos! Nesse sentido, discutimos a importância de que a ANEL avance em sua estruturação financeira, com repasses regulares das entidades e Comissões Executivas Estaduais, além de uma contribuição individual de cada estudante livre que constrói e ANEL.

A sexta-feira iniciou com uma demonstração de solidariedade internacional da entidade. Clara Saraiva, da CEN, dividiu com todos a experiência que teve no Egito, na viagem que fez representando a ANEL. Falaram também Adrian, estudante da Espanha que participou dos protestos do 15-M, Nacho estudante da Argentina, Muhib da Palestina, Soraya palestina-brasileira que participou da 3ª Intifada, Sebastian, carteiro da Suiça, além de uma saudação de estudante do Paraguay. Ao fim, o Didi da CSP Conlutas fez uma explanação sobre a importância da solidariedade dos trabalhadores e da juventude brasileira aos processos de luta que estão ocorrendo no mundo árabe e em toda a Europa.

Sábado foi o dia dos grupos de discussão de combate às opressões, divididos entre mulheres, negros e negras e LBGT, e dos Painéis Temáticos. Foram 8 temas abordados: meio ambiente, criminalização dos movimentos sociais, violência e legalização das drogas, saúde, transporte, cultura e mídia independente, questão agrária e esportes. Foi um momento muito rico na elaboração do programa da entidade, onde todos puderam contribuir muito e ser parte ativa na construção da ANEL.

O Congresso teve uma marca muito importante, que esteve presente desde a sua construção até as discussões em Seropédica: um combate cotidiano e intransigente às opressões. A partir de casos ocorridos com alguns moradores do alojamento da universidade rural de machismo e homofobia, os estudantes se organizaram e fizeram atos que deram um verdadeiro exemplo de como deve ser o combate às opressões. E a presença desse tema com força no Congresso instaurou um clima permanente de respeito às diversidades, solidariedade entre os participantes, construção coletiva, que sem dúvida contagiou todos e todas presentes.

Por fim, no domingo, com a tristeza de estar chegando ao fim e a alegria de ter realizado um grandioso Congresso, os delegados votaram as Resoluções Congressuais. As propostas enviadas por cada GD e Painel Temático foram sistematizadas por uma comissão de entidades eleita no Congresso, e apresentadas a todo o Plenário, onde eram feitos destaques e se votava a posição da maioria dos delegados. Muito à vontade para discordar, criticar, propor novas formulações, cantar palavras de ordem, os estudantes livres foram aos poucos votando e amarrando o Programa da ANEL.

Votamos, entre outras coisas, uma estrutura de funcionamento, arrecadação financeira e trabalho de base da entidade, que sem dúvida serão fundamentais para fazer a ANEL avançar em sua presença no movimento estudantil, fortalecendo seus princípios. Aprovamos ainda a confecção de um kit anti-homofobia da ANEL, responsáveis na CEN pelo debate das opressões, e referendamos o apoio incondicional que a ANEL dá à juventude que vem se mobilizando em todo o mundo.

A principal Campanha Nacional votada pelo Congresso foi da luta contra o novo PNE do governo Dilma e em defesa dos 10% do PIB para a educação já. Encaminhamos a participação da ANEL na Jornada de Lutas de agosto, que será realizada do dia 17 ao dia 26, com uma Marcha em Brasília no dia 24, articulada com diversas entidades como a CSP Conlutas e o ANDES-SN. Convidamos desde já a esquerda da UNE a construir essa Campanha conosco, porque só com a unidade dos lutadores poderemos barrar esse projeto e conquistar a educação que queremos. Lançamos também um desafio ao Congresso da UNE: já que se diz a favor dos 10% do PIB pra educação, que venha conosco construir um Plebiscito exigindo o investimento do governo federal já. Com um Congresso que vai aplaudir de pé o PNE da Dilma e fechar os olhos pro corte de 3,1 bilhões de reais da educação, achamos difícil que a UNE aceite o desafio...

Ao canto de “Ser da ANEL, ser lutador, ai que coisa linda! O Congresso acabou...” em homenagem ao grito dos bombeiros, e numa empolgação contagiante, fizemos uma caminhada de encerramento do Congresso e as delegações prepararam as suas voltas. Saímos, sem a menor sombra de dúvida, muito mais fortalecidos e empolgados para levar adiante a construção da ANEL, ganhando novos estudantes livres, construindo no dia a dia as lutas em cada escola e universidade e fortalecendo esse instrumento de luta, que com certeza ainda vai dar muito o que falar. “Nada Será Como Antes, com a Assembléia Nacional dos Estudantes!”.

Plenária de Balanço do 1° Congresso Nacional da Anel!

Depois de passadas em sala; eleição de delegados e debates...
Depois de venda de rifas, pedágios, livro de ouro e paitrocínios...
Depois de horas dentro de um ônibus (pra quem pode ir/pra quem foi de busão)...
Depois de espaço de educação; espaço internacional; gd's de combate às opressões, de concepção de entidade...
Depois de plenária final, com uma série de deliberações, como a luta contra o PNE e a realização de um plebiscito por 10% do PIB pra educação...

Enfim, depois de muito esforço e discussões -que culminaram com a ida de uma delegação do Ceará ao 1º Congresso Nacional da Anel- voltamos e é hora de fazer balanço e, claro, além disso, apontar perspectivas para nossas ações!

Estão, portanto, todos e todas (inclusive aqueles que não foram ao Rio!) convidados para este espaço!

Data/Horário: Sábado, 9 de julho; 08:30
Local: Sede do Sindicato dos Rodoviários (SINTRO-CE), Av. Tristão Gonçalves, 1380 - Centro

4 em cada 10 mulheres já foram agredidas

Estudo mostra que 25,9% destas mulheres foram vítimas de seus maridos ou ex-maridos dentro e fora de casa

Quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. O número consta do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O anuário reúne dados referentes à situação das mulheres no País. Os números sobre a violência doméstica, por exemplo, são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com as informações da Pnad, 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%.

Ainda segundo os números da Pnad de 2009 incluídos no anuário, de todas as mulheres agredidas no País, dentro e fora de casa, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges.

Dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres apontam ainda que o número de atendimentos feitos pela Central de Atendimento à Mulher Ligue 180 cresceu 16 vezes de 2006 para 2010. Em 2006, foram feitos 46 mil atendimentos. Já no ano passado, foram 734 mil. Desse total, 108 mil atendimentos foram denúncias de crimes contra a mulher. Mais da metade desses crimes eram casos de violência.

Mercado de trabalho
O anuário informa ainda que a falta de creches é um dos maiores entraves para que as mulheres aumentem sua participação no mercado de trabalho.

Segundo o estudo, em 2009, 58,8% das mulheres com mais de 16 anos, que fazem parte da população economicamente ativa (PEA) do Brasil, tinham um trabalho. Já entre os homens com mais de 16 anos, esse percentual chegava a 81,5%.

A diferença, segundo a pesquisa, deve-se, em parte, à deficiência da infraestrutura dedicada à mulher. As creches, por exemplo, atendiam só 18,4% das crianças até 3 anos de idade em 2009.

"A carência dessa política pública (creches) é um impeditivo para que a mulher tenha sua independência econômica que o trabalho propicia", afirmou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, durante a apresentação do anuário.

O levantamento é uma compilação de dados de várias pesquisas feitas sobre as condições de vida das mulheres brasileiras. Da publicação, constam estatísticas sobre oito temas. Entre eles, saúde, educação, violência, política e trabalho.

Lúcio disse que, em todas as áreas, existe diferença entre a situação de homens e mulheres. "As mulheres são maioria em número, mas são minoria no aspecto sociológico", analisou, lembrando que a população feminina representa mais da metade do total de habitantes do Brasil, mas, tem qualidade de vida inferior a dos homens.

De acordo com o anuário, as mulheres estudam um ano a mais que os homens. Entretanto, recebem salários que representam só 56% do que ganham os trabalhadores do sexo masculino.


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Está ai materializada a dura realidade que as mulheres ainda vivem!
É também contra isso que a Anel foi criada: para avançarmos nos debates sobre opressões e para fortalecer a organização do combate ao machismo nas escolas e universidades. Isso se refletiu no 1° Congresso Nacional da entidade, que aconteceu há poucos dias e teve uma importante discussão sobre opressões, contando ainda com um ato contra o machismo realizado durante o encontro!