sexta-feira, 30 de julho de 2010

Convidamos a Todos os Estudantes que Constroem a ANEL – Assembléia Nacional dos Estudantes Livres, e demais estudantes e Centros Acadêmicos que queiram conhecer esta ferramenta de Luta Estudantil para a realização de uma reunião Regional. Com a Seguinte Proposta de Pauta:

• RU – (Restaurante Universitário) – Discussão a Cerca do Preço, Horário, Taxa de Carteira Universitária e Quantidade de Refeições Ofertadas.

• Encaminhamentos da Assembléia Estadual realizada em Fortaleza Ceará.


• E Lançamento da Campanha Pela Qualidade do Ensino.



Horário: 18:00
Local: Pátio da Pedagogia URCA – Crato
Data: 03/08/2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Não à violência contra a mulher!


Nas últimas semanas, o país ficou chocado com o desenvolvimento das investigações acerca do caso envolvendo Bruno, o goleiro do Flamengo. A cada descoberta sobre o crime, assistimos a uma revelação de detalhes sórdidos e atrozes que culminaram não apenas com a morte da jovem Elisa Samudio, como também com o esquartejamento de seu corpo e a entrega dos seus restos mortais para cães.

Um episódio em que o requinte de crueldade faz inveja a milhares de estupradores e homens que violentam as mulheres pelo Brasil e pelo mundo. Uma expressão absurda de machismo e selvageria que revela mais uma vez que a violência dos homens contra a mulher ainda é motivo de desespero, sofrimento, constrangimento e até morte para milhares e milhares de mulheres.

A Imprensa nacional e internacional está aparentemente comovida com o caso e revelando, a partir deste crime, uma série de dados que envolvem situações de agressão, constrangimento e assassinatos de mulheres. Um dos dados revelados é que no Brasil, morrem 10 mulheres assassinadas por dia, sendo na cidade do Rio de Janeiro, 1 mulher assassinada por dia.

O que a Imprensa não revela, no entanto, é que a ideologia que respalda esse tipo de ação sobre as mulheres é a mesma ideologia que a Rede Globo divulga em suas novelas e propagandas. Um dos primeiros crimes cometidos por Bruno contra Elisa Samudio foi tê-la sedado e tê-la imposto a ingestão de um remédio abortivo. O goleiro do Flamengo interferiu em uma decisão que deveria ter sido inteiramente de Elisa, sob o pleno direito de decisão sobre seu próprio corpo. Essa interferência é fruto de uma ideologia muito propagada pela Rede Globo e companhia de que a decisão sobre o corpo da mulher está nas mãos de qualquer outra pessoa ou instituição, menos dela própria.

A Imprensa também não revela que as propagandas de cerveja, os papéis atribuídos a muitas mulheres em novelas contribuem para uma compreensão de que a mulher é uma mercadoria a ser exposta e vendida para os homens. Essa propagação contribui para uma lamentável compreensão de que os homens, ainda mais se forem jogadores de futebol endinheirados, podem fazer o que quiser com as mulheres que se relacionam.

Este caso também revelou a insuficiência da Lei Maria da Penha que poderia ter punido e freado a agressividade de Bruno e este caso de violência não teria se desenvolvido do momento em que o goleiro tentou realizar o aborto sobre Elisa. O vídeo do momento em que Elisa denuncia o jogador na Delegacia de Mulheres revela a expectativa da jovem de que as ameaças do goleiro iriam parar na medida em que ele fosse preso diante das acusações que ela fez. Mas na verdade, sobretudo em se tratando de um jogador de futebol famoso, a impunidade tomou conta do caso e abriu caminho para que hoje o desfecho dessa história tenha sido a morte cruel da jovem.

Rechaçamos qualquer comentário que justifique a atrocidade do goleiro do Flamengo pelo fato de Elisa ser garota de programa. Esta observação é a cereja no bolo da compreensão machista e absurda sobre as relações entre homens e mulheres. Sabemos que assim como Elisa, há muitas mulheres que sofreram ou sofrem pressões psicológicas de seus companheiros ou amantes quando se vêem diante de uma gravidez, e essas pressões muitas vezes culminam em agressões físicas e até assassinatos, como foi o fim de Elisa. Não aceitamos que mais e mais mulheres sofram essas condições bárbaras de existência.

Por isso, engrossamos as fileiras daquelas que querem gritar e agir bem alto e forte contra a impunidade e contra a violência machista sobre as mulheres.


Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Resoluções da II Assembleia Estadual da Anel - CE


Em Fortaleza, nos dias 26 e 27 de junho de 2010, aconteceu a II Assembleia Estadual da Anel! Estudantes secundaristas e universitários de Fortaleza, Cariri, Limoeiro (além de Messias, de Crateús, e Marcos, de Sobral ;P) puderam debater com muita qualidade em mesas, GT’s e plenárias que ocorreram nos dois dias. Definiram-se os marcos gerais para a construção da Campanha pela Qualidade do Ensino por aqui e entre outras coisas, aprovou-se uma nova Comissão Executiva Estadual da Anel e um novíssimo GT de Opressões! Agora é impulsionar a Anel no Ceará, arregaçar as mangas e colocar o que tiramos de reolução pra prática!
Eu sou de luta!
Sou radical! Sou estudante livre da Assembleia Nacional!

Resoluções

Combate às Opressões
>Dialogar com a base sobre as opressões;
>Realizar atividades com calouros, que busquem dialogar sobre o tema das opressões;
>Realizar calouradas temáticas e politizadas contra as opressões;
>Lutar pela criação de creches nas universidades;
>Que se defenda cotas raciais nas universidades e que se acumule o debate em defesa de cotas étnicas;
>Que a ANEL-CE tenha como uma de suas bandeiras: “Pelo fim da guerra interna na periferia!”;
>Criar alternativas através das quais possamos nos inserir na periferia;
>Realizar, a partir da ANEL-CE e do Movimento Mulheres em Luta, atividades través das quais se possa dialogar com a periferia;
>Que seja criado um GT de opressões que organize um fórum estadual deliberativo sobre opressões;
>Que o GT de opressões tenha como um de seus papeis fiscalizar e educar os ativistas em torno do combate às opressões.


Cultura
>Criar oficina de cultura, com caráter politico, que tenha o interesses de chega à base das universidades, escolas e comunidades, englobando toda a noção de cultura, precedida de uma análise sobre as características locais;
>Nos debates sobre cultura, considerar as especificades culturais;
>Realizar Seminário cujo centro da discussão seja cultura.


Educação
>Fortalecer o trabalho de base da ANEL;
>Efetivar a Campanha pela Qualidade do Ensino;
>Que em cada localidade, a ANEL-CE priorize suas lutas especificas, a fim de, a partir destas, dialogar com os processos de lutas nacionais, compreendendo que os ataques à educação perpassam por um fenômeno global no capitalismo;
>Que a ANEL-CE aprofunde o trabalho com os secundaristas;
>Não dicotomizar a luta de universitários e secundaristas;
>Lutar por passe livre para universitários e secundaristas;
>Produzir material para os secundaristas sobre a ANEL; “Professor efetivo já!” como bandeiras das estaduais;
>Lutar pela valorização do profissional do magistério;
>Lutar por carteirinha para os estudantes do interior;
>Continuar a batalha contra o Novo Enem;
>Realizar atividades de apresentação da ANEL.


Secundaristas
>Construir a Campanha pela Qualidade do Ensino com os eixos:
-Pela construção de mais escolas públicas
-Por creche nas escolas, que amparem os filhos dos estudantes e servidores;
-Por bibliotecas públicas de qualidade
>Que a ANEL-CE construa oficinas que façam o debate sobre a violência nas escolas públicas da periferia;
>Que a ANEL-CE proponha debates de amadurecimento político-educacionais focando a relação professor-aluno.


Estaduais
>Realizar o repasse da II Assembleia Estadual para todas as universidades;
>Ter como eixos da Campanha pela Qualidade do Ensino nas estaduais:
-Por bandejão do interior, Fafidam e Urca;
-Por carteirinhas pro estudantes do interior da UECE, UEVA E URCA;
-Por uma expansão de qualidade e contra a privatização nas estaduais;
-Por residências universitárias na capital e no interior;
-Pela democracia interna nas universidades;
-Contra o Novo Enem nas estaduais;
-Por assistência estudantil nas universidades;
-Por transporte público e gratuito para estudantes da Fafidam que se deslocam de outras cidades;
-Contra o projeto da reforma universitária que tratam de centros universitários;
-Campanha “Quem dera ser um peixe”;
>Discutir e construir o 1º Congresso Nacional da ANEL;
>Fazer um balanço das atividades de um ano da ANEL ligando-o à necessidade de construção do 1º Congresso Nacional da ANEL;
>Aprofundar o debate sobre a federalização das estaduais;
>Articular centros acadêmicos e coletivos de todas as universidades e garantir apoio a diversas atividades realizadas pela ANEL;
>Relacionar as atividades das Universidades com a ANEL;
>Criar um Blog ANEL-CE e Comunidade do orkut ANEL-CE.

Pagas
>Organizar um Seminário da ANEL-CE que discuta as questões das pagas, no intuito de fortalecer e construir a ANEL nas pagas, precedidos por pré-seminarios a serem realizados em cada escola.
>Conhecer e discutir sobre o 1º Congresso Nacional da Anel;

Federais
>Construir a Campanha pela Qualidade do Ensino na capital e no interior baseado nos seguintes eixos:
-“Os estudantes não podem pagar pela a expansão sem qualidade do reuni!”
-“Por uma política de assistencial estudantil que realmente garanta a permanência dos estudantes na universidade!”;
>Debater sobre e construir o 1º Congresso Nacional da Anel na base dos cursos;
>Que a ANEL-CE apóie a luta do COREU;
>Que a ANEL-CE construa o Congresso de Estudates da UFC na base dos cursos;
>Que a ANEL-CE batalhe pela construção de uma tese que contemple os princípios e o debate da anel e que a mesma seja amplamente divulgada e trabalhada na base;
>Atuar na primeira semana de aulas apresentando a ANEL para os estudantes, em especial os calouros.

Anel (de um modo geral)
>Que a prioridade da ANEL-CE no próximo período seja, além da Campanha pela Qualidade do Ensino, a construção pela base do 1º Congresso Nacional da ANEL;
>Que a ANEL-CE tente mandar 2 estudantes para acompanhar a 3ª Assembléia Nacional da ANEL;
>Que a ANEL-CE procure construir a unidade com os ativistas de esquerda que estão nas lutas;
>Que seja dado apoio político e material a chapas que disputam eleições para CA’s, DCE’s e Grêmios nas quais a ANEL esteja inserida e que também sejam feitas moções de apoio a essas chapas;
>Que a ANEL-CE discuta sobre finanças nos seus fóruns;
Que a ANEL-CE promova espaços de formação político-teórica.
Que a ANEL-CE arque com o prejuízo dado à divisória da Sede Estadual da Conlutas;


Coordenação Executiva
Que a Coordenação acompanhe a UEVA(Sobral) e FAEC(Crateús).

Fortaleza:
Jaíne (secundarista);
Juliana (UFC);
“P.C.” (UECE);
Talita (Unifor);
2 pessoas do coletivo Lutar & Construir.

Cariri:
Amélia;
Carlos;
Italo.

Limoeiro:
Ednardo (secundarista);
Gilson;
Igor;
Ivonilson “Cegão” (suplente);
Janine;
Lana (secundarista);
Mário.

GT de Opressões
Dayse (URCA);
Jéssica (URCA);
Kélbia (Fafidam);
Lana (secundarista);
Lara (UFC);
1 pessoa do coletivo Lutar & Construir.

GT de Cultura
Robinson

domingo, 11 de julho de 2010


Nota da CERJ/ANEL sobre as eleições do DCE da UFRJ

Grande vitória dos estudantes no DCE Mário Prata - UFRJ!

A Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre! vem por meio desta nota explicitar a grande vitória dos estudantes na eleição do DCE Mário Prata – UFRJ. O DCE, além de ter sido o grande anfitrião do nascimento da ANEL no Congresso Nacional dos Estudantes, é uma entidade muito importante para a dinâmica nacional do movimento estudantil. O DCE Mário Prata, que em 2010 completa 80 anos de um passado de lutas, resistência e conquistas, será fundamental para garantir o futuro de uma UFRJ pública e de qualidade. E ainda mais, para fazer coro com estudantes de todo o Brasil em defesa da qualidade do ensino e de um movimento estudantil livre.

Essas eleições foram polarizadas entre a Chapa 2 “A UFRJ que Queremos!” (unidade da ANEL com oposição de esquerda da UNE) e a Chapa 1 “Um Novo Enredo” (direção da UNE – UJS e PT). Entre passagens em sala, panfletagens, faixas e cartazes, a universidade se encheu de uma importante discussão política: quais devem ser os rumos da UFRJ e da educação no país? Como deve ser a atuação do DCE? Eles diziam que o Brasil nunca esteve tão bem, que a crise econômica passou e que basta aguardar as verbas do REUNI que elas solucionarão os problemas da UFRJ. Utilizando-se de calúnias, provocações e mentiras para iludir os estudantes, defendiam as políticas educacionais do governo Lula. Nós, por outro lado, nos preocupamos em deixar claro a contradição desse discurso e qual deve ser o caminho para conseguir, de fato, as melhorias para UFRJ.

Em uma universidade em plena implementação do REUNI, os velhos problemas tem se aprofundado e criado novos. Faltam professores, bandejões, salas de aula, bibliotecas atualizadas, bolsas, laboratórios, ônibus interno, alojamento e a qualidade da formação profissional está cada vez mais ameaçada. Cursos novos da expansão do REUNI com diversos problemas, os campi do interior sem a mais básica infra-estrutura, os campi da Praia Vermelha e Centro resistindo à transferência territorial e à implementação dos Bacharelados Interdisciplinares, o Fundão sem estrutura, com falta de segurança e trânsito infernal, o Hospital Universitário caindo aos pedaços... Enfim, é preciso lutar pelas melhorias pra UFRJ.

Mas como conseguir essas melhorias? Os estudantes escolheram nas urnas o caminho: atuando de forma independente da reitoria, do governo federal e de seus projetos. As verbas do REUNI, por estarem condicionadas à metas e prazos da implementação do decreto 6096, não podem atacar os problemas estruturais da universidade. Além disso, o governo segue cortando verbas da educação, como foi há semanas atrás com o corte de 1 bilhão e 280 milhões de reais. Durante toda a eleição defendemos mais verbas pra UFRJ, sem condicionar às metas do REUNI, e garantindo 10% do PIB pra educação pública.

Essa vitória tem uma importância nacional no fortalecimento de cada entidade estudantil e, especialmente, na consolidação da ANEL. Vimos o crescimento da popularidade do governo Lula entre os trabalhadores e a juventude, e com isso o aumento das entidades dirigidas pela UNE no movimento estudantil. Porém, seguem os ataques à educação pública e aos trabalhadores, e com eles a necessidade de lutar. E há um outro elemento fundamental que ficou muito claro nessa eleição: se há por um lado um fortalecimento conjuntural do governo, a UNE segue sendo bastante repudiada entre os estudantes. Deixamos explícito a união da Chapa 1 com a UNE, os milhões que ganhou do governo Lula, e como transformariam o DCE em palanque de propaganda política do governo federal.

A ANEL e o DCE Mário Prata, nos próximos meses, apontarão aos estudantes um caminho para nos organizar pela conquista de qualidade nas universidades e escolas: construir o I Congresso Nacional da ANEL! Na defesa da aliança dos estudantes com os trabalhadores, apostando na unidade dos setores combativos, com independência financeira e política, convidamos todos a construir com democracia e criatividade um movimento estudantil livre. É com muita satisfação que a ANEL vem saudar essa importante vitória, que deve servir para fortalecer a luta dos estudantes de todo o país!

Vejam o resultado da eleição:

Chapa 1 - Um novo enredo - 1851 - 26,6%

Chapa 2 - UFRJ que queremos - 2555 - 36,8%

Chapa 3 - Correnteza - 588 - 8,4%


Chapa 4 - Revida, Minerva - 1020 - 14,6%


Chapa 5 - A UFRJ pode - 823 - 11,8%

Nulo/branco - 102 - 1,4%


Total - 6939

Plebiscito:

proporcionalidade: 3652

majoritariedade: 1737

Saudações!

Comissão Executiva - Rio de Janeiro

Assembléia Nacional dos Estudantes - Livre!